Negociata eleitoral: cidade brasileira tem eleitor que vendeu voto e foi para as urnas usando óculos-espião

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em uma cidade do Pará, Ourilândia do Norte, eleitores venderam o seu voto e foram para as urnas com um óculos-espião, a fim de que comprovassem que o voto vendido fosse realmente confirmado no vereador Edivaldo Borges Gomes, o Irmão Edivaldo (MDB).

Os óculos, com uma microcâmera embutida, chamaram a atenção de uma mesária. Mais de uma pessoa na mesma seção eleitoral entrou com o objeto.

A mesária disse à polícia que, “em determinado momento, observou um eleitor portando óculos com espessura extensa. E, depois de alguns instantes, uma adolescente estava com o mesmo objeto no bolso”.

A mulher contou que abordou a eleitora e acionou os funcionários da Justiça Eleitoral, que descobriram que os óculos possuíam uma câmera acoplada.

A adolescente abordada declarou que uma pessoa desconhecida ofereceu R$ 200 para que ela votasse no candidato a vereador Irmão Edivaldo. E ela só receberia o valor caso comprovasse por meio das filmagens que votou no candidato.

Irmão Edivaldo foi preso em flagrante e solto mediante pagamento de fiança. Ele pode responder pelo crime de compra de votos e associação criminosa. Cinco dias após ser reeleito, o político se defendeu das acusações em uma sessão da Câmara de Vereadores.