Mãe e padrasto de menina de 3 anos que ‘morreu de tanto apanhar’ vão a júri popular em SC

A mãe e o padrasto acusados de matar uma menina de 3 anos em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, vão a júri popular. Eles foram denunciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

A criança foi assassinada em março. Na época, o casal chegou a forjar que a menina havia sido sequestrada, para despistar a polícia.

A decisão pelo júri popular foi divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina na sexta-feira (20). As qualificadoras do homicídio são motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, com o agravante de o crime ter sido cometido contra menor de 14 anos e por serem parentes da menina.

O casal está preso desde 6 de março.

O crime aconteceu em 4 de março e o corpo da criança, Isabelly de Freitas, foi localizado dois dias depois. De acordo com a investigação, havia sangue em um dos quartos da casa, sala, cozinha e banheiro.

Para despistar a polícia, o casal criou um cenário através de um sequestro forjado, mas foi flagrado por câmeras dispensando a mala usada para transportar o corpo da criança.

Denúncia
De acordo com a denúncia, o crime ocorreu por volta das 11h na casa onde a família morava, no bairro Rio Morto. O casal reagiu de forma violenta contra a menina após ela não querer comer e indicar que iria chorar.

A mãe o padrasto passaram a agredir a criança, principalmente na cabeça, o que provocou a morte dela, por traumatismo cranioencefálico. Isso foi confirmado em laudo pericial.

Após a morte, o casal colocou o corpo da menina em uma mala e a levaram a uma área de mata fechada no bairro João Paulo II, também em Indaial, onde enterraram a vítima em uma cova rasa.

No mesmo dia, os dois ainda comunicaram um falso crime à Polícia Militar, dizendo que a criança estava desaparecida.

Dois dias após a morte, a mãe e o padrasto foram presos temporariamente. A prisão deles foi convertida em preventiva em 3 de abril. O MPSC pediu medida protetiva para o irmão da vítima.