O Deputado Federal Dilceu Sperafico (Progressistas/PR) assinou o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fraudes no INSS, protocolado na Câmara dos Deputados pelo Deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO). A proposta busca investigar irregularidades em descontos indevidos aplicados sobre aposentadorias e pensões entre os anos de 2019 e 2024.
A CPI ganhou força após a deflagração da operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou fraudes em mensalidades associativas descontadas diretamente dos benefícios previdenciários de milhares de segurados do INSS. A investigação apontou que parte dos R$ 6,3 bilhões movimentados por entidades sindicais e associativas continha irregularidades, e resultou no afastamento de dirigentes e na exoneração do então presidente do instituto.
Diante da repercussão do caso, o deputado Sperafico reforçou sua postura de defesa da boa gestão dos recursos públicos e do respeito à população brasileira: “Transparência, responsabilidade e respeito com o dinheiro do povo! É por isso que assinei o pedido de instalação da CPI. É nosso dever esclarecer os fatos, proteger os
aposentados e garantir que quem errou seja responsabilizado”, afirmou.
Contra as fake news: Sperafico desmente boatos
Nos últimos dias, circularam em redes sociais e grupos de mensagens falsas informações alegando que Sperafico não teria assinado o requerimento da CPI. A assessoria do parlamentar classificou os boatos como “totalmente infundados”, lembrando que o nome de Sperafico consta na lista oficial dos 209 deputados federais que apoiaram a
abertura da comissão.
“É lamentável que em um momento em que buscamos justiça e correção de desvios no sistema previdenciário, surjam fake news para confundir a população. Estou e sempre estive ao lado da verdade e da boa política,” declarou o deputado.
O que a CPI pretende investigar?
A CPI proposta visa apurar os indícios de fraudes cometidas por entidades que, sem consentimento formal dos beneficiários, passaram a aplicar descontos mensais em seus benefícios previdenciários. A CGU identificou que 70% das entidades investigadas não tinham estrutura para prestar os serviços ofertados, e que a maioria dos aposentados
não havia autorizado os descontos.
A investigação também ganhou contornos políticos com a exoneração do presidente do INSS e a saída do então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). A oposição busca ampliar a apuração por meio da CPI para responsabilizar os envolvidos e revisar os acordos firmados com essas entidades durante os últimos governos.
Sperafico, que integra a Frente Parlamentar da Agropecuária e tem histórico de atuação firme na defesa de pautas sociais e da boa aplicação dos recursos públicos, reiterou que acompanhará de perto o andamento da CPI. “Estamos falando de um golpe contra os mais vulneráveis. O mínimo que o Congresso pode fazer é investigar e proteger os
direitos dos aposentados,” concluiu.