Caminhão teve falha nos freios em acidente que matou dois caminhoneiros e envolveu quatro veículos em serra do Paraná, diz PRF

(Foto: Lucas Polak/RPC)

Um dos caminhões envolvidos no acidente entre quatro veículos que matou dois caminhoneiros na sexta-feira (8) na Serra da Esperança, em Guarapuava, na região central do Paraná, apresentou uma falha grave no sistema de freios, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A corporação explica que ele é de Guaíra (PR), estava carregado com milho e estava descendo a serra da BR-277 quando o motorista perdeu o controle da direção em uma curva. O veículo, então, bateu na lateral de outro caminhão, de Foz do Iguaçu (PR), que estava no sentido contrário.

Na sequência, o caminhão com problemas no freio ainda bateu de frente com outro caminhão, de Embu das Artes (SP), que estava na pista contrária, e o veículo de Foz do Iguaçu atingiu a lateral de um táxi de Curitiba (PR).

“Nós analisamos as marcas de frenagem e os veículos envolvidos. […] O caminhão carregado de milho estava com problema nos freios, estava totalmente sem freios. Tanto que, na fiscalização, nós conseguimos ver que no momento do acidente, ele estava a 110 quilômetros por hora”, explica a PRF Lídia Rocha.

Os motoristas dos caminhões de Guaíra e de Embu das Artes, de 23 e 47 anos, respectivamente, morreram no local. O g1 e a RPC apuraram que o mais jovem é Danilo da Costa Cardoso, natural de Tacuru (MS) e morador de Amambai (MS), e o mais velho é Edilson Ribas, natural de Reserva (PR) e morador de Carambeí (PR).

O outro caminhoneiro, Claudinei António Particheli, de 36 anos, saiu ileso. Ele foi submetido ao teste do bafômetro e o resultado deu negativo para ingestão de álcool. O homem contou que transportava um motor elétrico para Foz do Iguaçu quando o acidente aconteceu.

O taxista, de 54 anos, e os três passageiros do carro também não se feriram. O taxista também testou negativo no bafômetro.

O acidente aconteceu por volta das 13h no km 307 da rodovia, nas proximidades da ponte do Rio Tigrinho. O trecho permaneceu totalmente interditado por aproximadamente quatro horas para atendimento do acidente, perícia e remoção dos veículos.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

‘Nasci de novo’
O caminhoneiro Claudinei António Particheli, que escapou ileso, contou que trabalha há 11 anos na profissão e afirmou nunca ter vivido situação parecida.

Ele confirmou que o caminhão que descia a serra estava em alta velocidade, e disse que foi este veículo que provocou o acidente.

“Foi um susto muito grande, sem explicação. Hoje eu nasci de novo”, disse Claudinei.