Paraná é vice-líder na produção nacional de leite

Uma propriedade de 25 hectares em Cascavel, no oeste do Paraná, é uma das que mais produz leite. São 315 vacas, 123 em lactação com uma produção diária de 4 mil litros.

Há cinco anos, a família Tomazini investiu na ordenha mecanizada, que garante mais agilidade. As vacas se encaminham sozinhas para o equipamento. Um chip implantado na orelha libera o acesso delas ou para a ordenha ou para a área de descanso e um robô faz a higiene, a coleta e o armazenamento do leite no resfriador.

Com o sistema, é possível perceber quando uma das vacas teve uma queda na produção.

Para assegurar um bom desempenho, é fundamental proporcionar uma nutrição de qualidade, que realmente faz a diferença. No rebanho da família Tomazini, a silagem feita com milho, farelo de soja e sal é de livre demanda. Contudo, a preocupação começa antes mesmo da alimentação: escolher uma raça com boa procedência é essencial para o início da produção leiteira.

As feiras agropecuárias, como a Expovel, desempenham um papel importante nesse aspecto, permitindo que os produtores observem de perto os animais com melhor desempenho genético.

Arlindo Uebel, produtor, embarcou na atividade leiteira há 28 anos. Depois de participar de uma feira, passou a investir no melhoramento genético do rebanho.

“Estou fazendo implante embrionário, para aqueles animais que produzem menos. A gente olha muito isso, a longevidade do animal”, explica.

A dedicação de produtores como Arlindo elevou o Paraná para a vice-liderança na produção nacional de leite, com uma produção de 1 bilhão e 770 milhões de litros por ano.

No Oeste, a expectativa é grande. Entidades têm um objetivo bem definido, “nós queremos chegar no padrão de Castro. O pessoal está investindo em genética, em bem-estar, e nós estamos incentivando o que for preciso” explica Mario Carmo, veterinário da Sociedade Rural de Cascavel.