A aluna Alyce Tesluki, de 10 anos, que morreu após passar mal na escola em Rebouças, região central do Paraná, não tinha nenhuma doença diagnosticada, conforme conta o pai dela, José Adriano Vidal Tesluki.
“Não tinha nada, nada. Nunca se queixou de dor alguma, não tomava remédio nenhum… Temos que esperar o laudo para saber o que houve. Uns falaram de convulsão, outros de parada cardíaca…”, afirma Tesluki.
Na última segunda-feira (16), Alyce passou mal na Escola Municipal Erasmo Pilotto e foi socorrida por funcionários da unidade. Ela morreu antes de chegar ao hospital. A polícia investiga o caso e aguarda o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), que deve ajudar a identificar as causas da morte. Saiba mais abaixo.
Alyce era a filha caçula de Adriano e da esposa dele. O casal também tem uma filha de 14 anos e outro de 23. O pai conta que toda a família está abalada com a morte prematura da menina.
“Sempre amorosa com todos. Conversadeira, fazia amizade fácil com qualquer um! Imagina uma menininha que dizia pra mim todo dia, antes de ir pra aula: ‘Te amo, te amo, te amo’. À noite, antes de dormir, pedia benção pra mim e vinha no meu colo e de novo: ‘Te amo, te amo, te amo'”, lembra.
Ele conta que Alyce também era muito religiosa e sempre acompanhava a família tanto nas atividades da igreja quanto em outros momentos.
“Minha companheirinha de pesca. Gostava de animais. Queria um cachorro, arrumei um pra ela, ela gostou tanto! Gostava muito de flores, todo mundo dizia que ela era uma mini orquidófila! Tanto que esses dias atrás foi para Curitiba em uma exposição”, lembra o pai.
Polícia investiga caso
No Hospital de Caridade Dona Darcy Vargas, para onde a aluna foi encaminhada, policiais foram informados por uma funcionária da escola que a menina teve vômito, fortes dores de cabeça e dor na região abdominal.
De acordo com a funcionária, outros colaboradores da escola prestaram os primeiros socorros, acionaram a ambulância e levaram Alyce ao hospital.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (18), a polícia disse que a menina teria chegado “aparentemente bem” à escola.
Segundo o delegado Thiago França, responsável pelas investigações, profissionais da escola e parentes de Alyce já prestaram depoimento.
“Até o momento, trabalhamos com a hipótese de morte natural, apesar de não haver nenhum tipo de doença pré-existente constatada até o momento. Foram ouvidos alguns parentes, profissionais da escola e de saúde que atenderam ela no hospital”, contou.